Nilceia Fraissat

O que é ser um Copywriter: Princípios Básicos, Salário e Técnicas de sucesso

copywriting

Saiba como aplicar o copywriting de forma estratégica para criar textos que conectam, convencem e geram resultados reais. Aprenda os pilares dessa técnica e transforme sua comunicação.

Copywriting é a habilidade de escrever textos estratégicos que têm um objetivo claro: convencer alguém a tomar uma ação. Isso pode ser comprar um produto, se inscrever em uma newsletter, clicar em um botão ou simplesmente continuar lendo até o fim. 

Essa técnica está por trás de campanhas publicitárias que ficaram por anos na nossa cabeça, páginas de vendas que convertem e e-mails que fazem o leitor parar tudo o que está fazendo para clicar. O copywriting é uma ponte entre o que a marca quer dizer e o que o público precisa ouvir, e mais do que ouvir, precisa sentir.

Ser um copywriter significa ter a capacidade de compreender pessoas, negócios, produtos e comportamentos. É muito mais sobre entender o ser humano do que dominar regras gramaticais. E talvez seja por isso que essa profissão tenha ganhado tanta força nos últimos anos.

Entenda o que é ser um copywriter

Um copywriter é, antes de tudo, um estrategista. Diferente de um redator comum, que pode produzir conteúdos informativos, o copywriter tem como foco principal a conversão. Ele escreve com a intenção de mover o leitor em direção a uma ação específica.

Esse profissional analisa dados, estuda concorrentes, pesquisa profundamente o público-alvo e traduz tudo isso em palavras que geram impacto. Não é apenas sobre convencer, é sobre criar conexão. Ser copywriter é fazer com que as pessoas sintam que aquele texto foi escrito exatamente para elas.

Outra característica marcante desse profissional é a capacidade de adaptação. Cada cliente, cada nicho e cada produto exigem uma abordagem única. Um bom copywriter sabe ajustar sua linguagem e seu estilo de escrita de acordo com o público e o objetivo da comunicação.

Conheça os princípios básicos do copywriting

Todo copywriting de sucesso começa com alguns fundamentos que nunca mudam. Um deles é o foco no leitor. Antes de qualquer palavra ser escrita, é essencial compreender quem vai ler aquele conteúdo. O que essa pessoa deseja? O que a impede de alcançar esse desejo? Quais dores ela sente?

Outro princípio essencial é a clareza. Textos confusos ou cheios de termos técnicos não criam conexão. Um bom copywriting precisa ser compreendido até por uma criança. 

E por último, mas não menos importante, vem a persuasão ética. O objetivo do copywriting não é manipular, e sim convencer com base em argumentos sólidos e verdadeiros. Quando feito com responsabilidade, ele pode ser uma ferramenta de transformação.

Conhecer o público-alvo

Antes de escrever qualquer linha, o copywriter precisa saber com quem está falando. Não existe copy genérica que funcione para todo mundo. O que emociona uma mãe de primeira viagem dificilmente vai convencer um investidor de tecnologia. Por isso, entender o público-alvo é passo obrigatório.

Isso inclui saber quais são as dores, desejos, dúvidas, obstáculos e até mesmo os termos que esse público usa no dia a dia. Um bom copywriting fala a língua de quem vai ler. Ele se adapta à realidade do público, criando uma sensação de identificação imediata.

Conhecer o público ajuda a definir o tom da mensagem: mais informal ou técnico, mais inspirador ou mais direto. Cada escolha feita na hora de escrever deve ser guiada por esse entendimento profundo de quem vai receber o conteúdo.

Definir um objetivo claro

Qual o salário de um copywriter

Todo texto com foco em copywriting precisa ter um objetivo claro. O que você quer que a pessoa faça depois de ler? Assinar uma newsletter? Clicar em um botão? Comprar um produto? Agendar uma consultoria? Esse objetivo orienta toda a estrutura da mensagem.

Sem isso, o texto pode até ser bem escrito, mas fica solto, sem direção. Um bom copy é como uma ponte: ele conduz o leitor de onde ele está até onde você quer que ele chegue, com fluidez e propósito.

Definir esse objetivo evita distrações. Cada argumento, cada parágrafo, cada chamada precisa servir ao propósito maior da conversão. Mesmo conteúdos mais longos ou informativos, como um artigo de blog, devem conter pontos estratégicos que reforcem esse caminho até a ação.

Usar linguagem clara e concisa

Um dos maiores desafios no copywriting é escrever de forma simples sem parecer simplista. A clareza é o que prende a atenção, e a concisão evita que o leitor se perca no caminho. Textos enrolados cansam. Textos objetivos vendem.

Cada palavra deve ter um motivo para estar ali. Se não acrescenta, atrapalha. O bom copywriting corta excessos e chega direto ao ponto, sem perder o tom humano e natural da conversa.

É possível ser direto e ainda assim acolhedor. O segredo está em escolher as palavras certas, no ritmo certo, com a intenção certa.

Destacar os benefícios

Um erro comum é focar demais nas funcionalidades e esquecer de mostrar os benefícios. E no copywriting, isso pode comprometer os resultados. As pessoas não compram produtos pelas especificações, mas pelo que elas ganham com aquilo.

Por exemplo: uma garrafa térmica de inox com capacidade de 1 litro não é atraente só por essas características. O diferencial está em manter a bebida quente por horas, facilitar o dia a dia e economizar tempo. Esses são os benefícios que nos conectam emocionalmente.

O papel do copywriter é traduzir características em vantagens reais para quem está do outro lado. É mostrar como aquele produto ou serviço resolve um problema, melhora a rotina ou entrega algo que a pessoa valoriza.

Criar uma chamada à ação eficaz

Todo bom copywriting termina com um chamado à ação. E ele precisa ser claro, direto e alinhado com o restante da mensagem. “Clique aqui” pode funcionar, mas um “Quero garantir minha vaga agora” é muito mais eficaz quando há emoção e urgência envolvidas.

O CTA é a cereja do bolo. Ele dá o passo final, aquele empurrãozinho para o leitor agir. Por isso, não pode ser genérico. Ele precisa fazer sentido com o texto, com a oferta e com o que o público espera. Às vezes, uma simples mudança no botão pode dobrar as conversões.

Testar diferentes versões de CTA faz parte do trabalho de um copywriter experiente. São os pequenos ajustes que revelam grandes aprendizados sobre o que funciona com cada público.

Saiba qual o salário de um copywriter

O que é ser um copywriter

O salário de um copywriter pode variar bastante. Profissionais iniciantes, que estão começando a construir portfólio, costumam ganhar entre R$2.000 a R$4.000 por mês. Já os mais experientes, que dominam técnicas de copywriting persuasivo e têm resultados comprovados, podem ultrapassar R$10.000 mensais,  especialmente os freelancers que trabalham com lançamentos ou copys para funis de vendas.

O mercado valoriza quem entrega resultado. E como o copywriting é uma habilidade diretamente ligada ao desempenho das vendas, o retorno costuma vir rápido para quem domina a técnica.

Muitos copywriters atuam como consultores ou parceiros de agências, o que abre portas para ganhos escaláveis, projetos internacionais e liberdade geográfica.

Entenda a diferença do Copywriting e Storytelling

É comum confundir copywriting com storytelling, afinal os dois usam a escrita para envolver o leitor. Só que o foco é diferente. O copywriting tem o objetivo de gerar uma ação. Já o storytelling busca criar uma conexão emocional por meio de histórias.

Enquanto o copywriting trabalha com lógica, urgência, benefícios e chamadas à ação, o storytelling mergulha em narrativas, memórias, metáforas. Os dois se complementam. Um bom copy pode usar o storytelling para prender a atenção e tornar o texto mais memorável.

A combinação dessas técnicas é poderosa. Histórias despertam emoções e emoções vendem. Quando um texto conecta e direciona, ele se torna muito mais do que um simples conteúdo. Ele vira uma experiência.

Técnicas para criar Copywriting Persuasivo

Um copywriting persuasivo vai além de escrever bonito. É sobre escolher estratégias que conduzam o leitor até a decisão de agir. E, nesse caminho, algumas técnicas fazem toda a diferença. 

A arte de contar histórias

Histórias conectam de um jeito que argumentos racionais jamais conseguirão. Elas criam empatia, despertam emoções e fazem com que o leitor baixe a guarda. Por isso, o storytelling é um recurso tão poderoso dentro do copywriting.

Contar histórias não significa escrever como um livro de ficção. Pode ser algo simples: um caso real, uma situação comum, uma lembrança que ilustra o ponto central da mensagem. O importante é que a história ajude o leitor a se ver ali, como se fosse com ele.

Uma boa narrativa tem ritmo, personagens e um conflito que precisa ser resolvido. Ao aplicar isso ao copywriting, o texto ganha vida. Em vez de apenas listar benefícios, você mostra como aquilo impactou alguém. Em vez de só prometer resultados, você apresenta um caminho vivido por outra pessoa.

O uso de emoções

Textos que despertam emoções permanecem. E quando se trata de copywriting, as emoções são o atalho mais direto para gerar ação. Isso porque as decisões de compra são, em grande parte, emocionais. A razão entra depois, como justificativa.

O medo, por exemplo, é uma emoção poderosa. Medo de perder uma oportunidade, de ficar para trás ou de continuar com o mesmo problema. Já o desejo também move pessoas: desejo por liberdade, reconhecimento, tranquilidade ou segurança.

O copywriting funciona muito bem quando consegue tocar nessas emoções sem exagero. É preciso equilíbrio. Mostrar a dor, sim, mas também a solução. Apontar o problema, claro, mas apresentar a esperança.

Criação de um senso de urgência

Copywriting exemplos

O ser humano tende a adiar decisões, mesmo quando algo parece interessante. É aí que entra o senso de urgência no copywriting: uma forma de acelerar o processo, despertando aquele pensamento de “é melhor garantir isso agora”.

Esse senso pode ser construído com frases que indicam tempo limitado, estoque reduzido ou condições especiais válidas por pouco tempo. Quando o leitor percebe que a oportunidade pode acabar, a decisão de agir vem com mais rapidez.

É importante lembrar que esse tipo de recurso precisa ser real. Prometer urgência sem ter fundamento quebra a confiança. O copywriting eficiente constrói urgência com verdade, alinhando expectativa e realidade.

Usar palavras como “últimas vagas”, “oferta até hoje” ou “válido apenas para os primeiros 20 clientes” são bons exemplos. Eles fazem com que a atenção se transforme em atitude, o que é essencial em uma campanha bem feita.

A oferta de benefícios exclusivos

Uma das formas mais eficazes de fortalecer o copywriting é deixar claro o que torna sua oferta única. O que a pessoa vai ganhar ao aceitar a proposta? E por que isso é diferente de tudo que ela já viu?

Benefícios exclusivos criam um senso de valor imediato. Pode ser um bônus, uma condição personalizada, um suporte especial ou qualquer outro diferencial que não se encontra em concorrentes. Quando o leitor percebe que aquela oportunidade é rara, o interesse aumenta.

Isso vai além de simplesmente listar vantagens. É mostrar como aquilo realmente faz diferença na vida de quem compra. O copywriting bem construído mostra o impacto prático desses benefícios e faz com que o leitor sinta que encontrou algo feito sob medida.

Esse tipo de exclusividade transforma o texto em convite. Não é apenas “compre isso”, é “isso é para você e está disponível agora”.

Autor

  • Nilceia Fraissat

    Jornalista, formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atua no mercado de comunicação e marketing há mais de 15 anos. Possui MBA em Marketing pela USP/Esalq. Gestora de SEO (Search Engine Optimization) na Agência Nilcéia Fraissat.

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